sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os reis anônimos do reino anônimo

Com o fim do grande cisma e da polarização mundial tem início o processo responsável por criar a dita Nova Ordem Mundial, ou, à la Kenneth Jowitt, A Nova Desordem Mundial. O que tal trocadilho tenta nos chamar atenção é para a notável perda de um centro ou uma unidade financeira para dar lugar a várias forças anônimas. Mercados financeiros que não possuem comandos únicos e que giram grana equivalente a bancos centrais de estados inteiros diariamente, e para isso detêm ondas que estão a todo tempo indo e vindo, capturando mais capital para a máquina do consumo. Capital este que está sendo cada vez mais voluntariamente aplicado, e a máquina lhe concedendo crédito para ir o mais longe possível dentro desse reino anônimo, coisa que o antigo modelo de panóptico provavelmente não previa. Diante destes mercados que agem também na extraterritorialidade (espaço e dinheiro virtual) não podemos imaginar pra que lado dar algum "tiro de misericórdia", já que a tensão gerada por esses mercados chacoalha os Estados considerados mais fracos que cada vez mais afasta a política do plano econômico. Dessa vez não temos nem pontes móveis para levantar e nem um rei para degolar. Verdade inconveniente? Lembro-me de um comentário de um cara sobre isso que vi há um tempo:

No cabaré da globalização, o Estado passa por um strip-tease e no final do espetáculo é deixado apenas com as necessidades básicas: seu poder de repressão. Com sua base material destruída, sua soberania e independência anuladas, sua classe política apagada, a nação-estado torna-se mero serviço de segurança para as mega-empresas...Os novos senhores do mundo não têm necessidade de governar diretamente. Os governos nacionais são encarregados da tarefa de administrar os negócios em nome deles.” (Subcomandante Marcos)

Materia retirada do L.I.F.E (http://life-libertarios.blogspot.com/)

Nenhum comentário:

o que o ? O Grito pretende ?

São Paulo, Brazil