sábado, 13 de dezembro de 2008

carta ao ? O Grito

Terminamos mais um ano com muitas incertezas, sem saber com clareza, se o que estamos efetuando vem surtindo efeito, se as atuações com os estudantes estão corretes , e se o que estamos produzindo é de alguma importância . Acredito que tanto as pessoas do ? O Grito, ou mesmo as pessoas mais próximas do coletivo já se viram diante delas, sendo obrigadas a encontrar respostas e com as respostas definirem atuações dentro do coletivo ou mesmo a sua própria permanecia. Situação ao qual eu me vi diante e que me levou a abrir mão por um momento do que acreditava e sonhava.
A quem como eu busca ou buscava respostas equacionadas a essas perguntas afirmo hoje que não as encontrará ou pelo menos não terá como quantificá-las, porem a busca por elas é essencial, a final são elas balizes para tentarmos nos encontrar, para nos avaliarmos e buscar novas respostas a fim de solucionar os problemas imediatos e efetuar projeções e planejamentos para o futuro.
Diferente de outros espaços e movimentos sociais não conseguimos definir padrões para ? O Grito, não temos comparativos validos para definir as nossa ações, a final atuamos no espaço secundarista (ensino médio), espaço este que fora um ou outro grupo hoje é quase esquecido pela sociedade. Somo um grupo novo, em que se une e se fortalece na ausência de preocupações e pretensões filosóficas, ou mesmo definições para si mesmo, não somos só um grupo de estudos, um coletivo de mídia,um fanzine, ou um movimento. Somos a somatória de todos e ao mesmo tempo somos somente ? O Grito. E é por essa total ausência de preocupação que nos mantém o sadio e altamente produtivo e rico de idéias. Nascemos de um ideal, uma idéia em comum porem que ganhou vida própria, atuações próprias e hoje tenta atuar de todos os meios ,tornado se plural para atingir os estudantes
Sei que o termo não é o correto, porem da mesma forma que não consigo definir o ? O grito no seu meio de atuação, fico no vazio ao tentar encontrar adjetivo melhor , denomino-o como desbravador,onde atuamos diretamente por meio da tentativa e erro, pela experimentação e por uma constante inovações.E é por tal estamos nos inovando, seja nas definições do fanzin, onde hoje vemos a necessidade real de ser um meio convidativo a leitura,ou os dias da semana que identificamos de melhor distribuição, ou ainda em nosso projeto de 6 meses, ao qual nos serviu para conquistarmos maturidade e visões mais nítidas de nos e do coletivo.
Fora o fator de não possuirmos padrões claros para utilizarmos como medidor de nosso trabalho, temos que levar em conta o fato que nossa produção de mídia não se enquadra como jornal, boletim... e também não se enquadra como um fanzine. Sendo uma mistura dos dois. Onde expropriamos dos grades meios de mídia impressa ou eletrônica idéias positivas, absorvermos também o linguajar e o descomprometimento dos fanzines e introduzirmos o viés político nos textos .
Tendo em vista que não temos grupos ou fatores externos para definirmos se estamos progredindo resta nos atermos pelas nossas atividades internas,utilizando como balizador avaliações como:
o que produzimos?, o que produzimos e que surtiu efeito?, o que tentamos produzir e não conseguimos? . Juntar com os sonhos coletivos e os sonhos individuais dos integrantes que o compões.Disso tirar uma resolução, porem não uma resolução matemática de gráficos empresariais e números percentuais e sim uma mais sabia, se com o ? O Grito conseguimos ser felizes.
Fabio Ferreira

Um comentário:

[tabita] disse...

sábia pergunta, fundamental: se o que fazemos têm nos feito felizes.
e na esteira do que já escreveu um grande pensador, me arrisco a palpitar: enquanto houver tesão, ?o grito seguirá firme e forte. apesar das [não poucas] dificuldades.
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o que o ? O Grito pretende ?

São Paulo, Brazil