Nota sobre os processos contra o MPL
O Movimento Passe Livre, vem por meio desta nota denunciar e pedir solidariedade aos nossos/as apoiadores/as frente aos ataques que vem sofrendo repetidamente, e que são frutos de uma política autoritária, de terrorismo de Estado, digna dos tempos da ditadura. Seja através de capangas, polícia de choque, processos jurídicos e todo tipo de intimidação, os objetivos são claros. Visam nos desestabilizar e intimidar, porém não tememos retaliações, e sabemos que não estamos sós. Sabemos que não somos os únicos a sofrer perseguições políticas, pois esse vem sendo o tratamento dado a todas as pessoas e movimentos desta cidade que se organizam para reivindicar projetos de interesse realmente populares, ou seja, projetos que beneficiam as pessoas acima do lucro. Por isso manifestamos nosso repudio a criminalização dos movimentos sociais, e convidamos todas as organizações populares e indivíduos que não aceitam esse tipo de política a darem um basta nessas perseguições.
Nessa sexta-feira, dia 15 de junho, haverá uma audiência no Fórum da capital onde o integrante do Movimento Passe Livre Marcelo Pomar esta sendo intimado. Reafirmamos que esse processo personalizado ao militante Marcelo Pomar é mais uma tentativa de intimidação a todos os movimentos sociais da cidade, e em especial ao Movimento Passe Livre, e não será encarado como um ataque individual a este militante, mas sim coletivo. Não aceitaremos nenhum retrocesso nas liberdades democráticas, ainda tímidas é verdade, mas que foram arrancadas sob condições muito mais duras de luta contra ditadura, e são parte do patrimônio histórico dos/as lutadores/as sociais.
A origem deste processo é do ano de 2005, quando a cidade dizia mais uma vez basta aos abusivos aumentos no transporte coletivo e milhares de pessoas saíram às ruas. Nesta época, o MPL ocupou a secretaria de transportes de Florianópolis como maneira de pressionar a prefeitura municipal a rever os abusivos reajustes da tarifa do transporte coletivo. Ao invés do poder publico dialogar com os movimentos sociais tenta transformar um ato político em um ato criminoso. O acusador deste processo é um inquilino do prédio onde se situa a Secretaria, e acusação que pesa sobre o movimento é “perturbação da ordem domiciliar”. Quem deveria ser acusado de perturbação da ordem pública são os responsáveis por este péssimo sistema de transportes coletivos.
Reafirmamos que nosso ato foi político e coletivo, e não um ato criminal individual como dão a entender o acusador. Por isso convidamos todos/as a comparecer no: Ato contra a criminalização do Movimento Passe Livre em frente ao Fórum da capital (Marmitão) na sexta feira dia 15/06 as 16 hs.
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