Estado de sítio em Florianópolis?
Quatro mil manifestantes participaram do quarto dia consecutivo de protestos contra o aumento nas tarifas de ônibus em Floripa. O ato começou por volta das 17h, em frente ao Terminal do Centro e seguiu em marcha pela avenida Mauro Ramos. Aproximadamente mil policiais foram destacados para reprimir o protesto. Ainda na avenida Mauro Ramos, a polícia impediu que a manifestação seguisse o caminho da avenida Beira-Mar, arremessando bombas de gás lacrimogêneo e disparando tiros de balas de borracha. Cerca de cinco pessoas ficaram feridas e outras cinco foram detidas. Um rapaz ainda permanece detido, na 6a Delegacia de Polícia.
Os manifestantes e as manifestantes retornaram ao Terminal Central. A polícia militar, o batalhão de operações especiais e a cavalaria cercaram a manifestação, tentando sufocar novas ações do movimento. O terminal de ônibus e a cabeceira da ponte se confundem com um cenário de guerra, com dezenas de carros policiais, militares e camburões.
A tática da polícia foi respaldada pelo Ministério Público desde o primeiro dia de manifestações. O promotor Alexandre Herculano Abreu recomendou à Polícia Militar executar prisões em massa de manifestantes durante bloqueios de ruas, para impetrar "ações por dano moral coletivo". Em recente entrevista em programa televisivo, o promotor Alexandre Abreu declarou que supostas lideranças do movimento estão sendo rastradas e podem ser presas a qualquer momento. A atuação da polícia e a posição do Ministério Público estrangulam o direito à livre manifestação e impõem um clima ditatorial nas ruas da cidade.
materia retira do cmi
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